segunda-feira, 27 de junho de 2011

Nau Frágil

Eu fui e vi de perto
As nuvens não são de algodão
Caí dos meus sonhos num deserto
Deixando a fé cair no chão
Tamanha sede que eu sentia
Bebia lágrimas de solidão

E a fome de afeto me deixou feto
Fora do útero e sem cordão
A garganta seca sem palavras
É a aridez da separação
A noite mais fria me cerca
E congela o coração

Decepção um vaso fino que se quebra
Deixando morrer todas as flores plantadas
Enquanto escorre areia e sangue
Das vidas desperdiçadas

A tentativa do toque
Desfaz toda e qualquer miragem
Sufocando todos os desejos
E naufragam a viagem


George Soul-座

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