terça-feira, 13 de julho de 2010
domingo, 11 de julho de 2010
São Paulo 8 de julho de 2010 - juntando sono pra dormir

Eu nasci, cresci e vivi em Recife até os 32 anos de idade. E acho que passei tempo demais nessa cidade. Pelo menos essa é a impressão que me dá agora que estou aqui.
Ah, meu sol, meu bem minha vida escureceu
Desde que você não quis mais saber de mim
Hoje eu só fiquei com a imensidão do céu
De estrelas mil que se esforçam pra luzir meu vazio
Tudo que era flor viu o cinza da manhã
E se entristeceu pelo fim do nosso amor
Mar azul também suas ondas estancou
Sem o seu calor o oceano é uma poça sem cor
Eu, praia linda e nua ventando de paixão
O dia amanhece na minha solidão
E posso ouvir você por entre as nuvens lá no céu:
Eu namoro a lua mas meu coração
É seu...
Felicidade
Caetano Veloso
Composição: Lupicinio RodriguesFelicidade foi se embora
E a saudade no meu peito ainda mora
E é por isso que eu gosto lá de fora
Porque sei que a falsidade não vigora
A minha casa fica lá de traz do mundo
Onde eu vou em um segundo quando começo a cantar
O pensamento parece uma coisa à toa
mas como é que a gente voa quando começa a pensar
Para Ver as Meninas
Marisa Monte
Composição: Paulinho da ViolaSilêncio por favorEnquanto esqueço um poucoa dor no peitoNão diga nadasobre meus defeitosEu não me lembro maisquem me deixou assimHoje eu quero apenasUma pausa de mil compassosPara ver as meninasE nada mais nos braçosSó este amorassim descontraídoQuem sabe de tudo não faleQuem não sabe nada se caleSe for preciso eu repitoPorque hoje eu vou fazerAo meu jeito eu vou fazerUm samba sobre o infinitoPorque hoje eu vou fazerAo meu jeito eu vou fazerUm samba sobre o infinitoSampa
Caetano Veloso
Composição: Caetano VelosoAlguma coisa acontece no meu coraçãoQue só quando cruza a Ipiranga e a avenida São JoãoÉ que quando eu cheguei por aqui eu nada entendiDa dura poesia concreta de tuas esquinasDa deselegância discreta de tuas meninasAinda não havia para mim Rita LeeA tua mais completa traduçãoAlguma coisa acontece no meu coraçãoQue só quando cruza a Ipiranga e a avenida São JoãoQuando eu te encarei frente a frente não vi o meu rostoChamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gostoÉ que Narciso acha feio o que não é espelhoE à mente apavora o que ainda não é mesmo velhoNada do que não era antes quando não somos mutantesE foste um difícil começoAfasto o que não conheçoE quem vende outro sonho feliz de cidadeAprende depressa a chamar-te de realidadePorque és o avesso do avesso do avesso do avessoDo povo oprimido nas filas, nas vilas, favelasDa força da grana que ergue e destrói coisas belasDa feia fumaça que sobe, apagando as estrelasEu vejo surgir teus poetas de campos, espaçosTuas oficinas de florestas, teus deuses da chuvaPan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do sambaMais possível novo quilombo de ZumbiE os novos baianos passeiam na tua garoaE novos baianos te podem curtir numa boaquinta-feira, 1 de julho de 2010
Amanheceu - Jorge Vercilo
como num segundo
Amanheceu
apesar de tudo
Amanheceu
um raio no escuro
Amanheceu
simples e absurdo
Amanheceu
uma nova era
Amanheceu
renasceu da guerra
Amanheceu
um planeta mudo
Amanheceu
Era o fim da estrada
Era o fim do mundo ali
mas o sol brilhava
inacreditável em si
Não se imaginava
foi o fim de tudo, eu vi
mas o sol teimava
em raiar e resistir
E no mesmo dia
em que a "profecia do fim"
se revelaria,
eu te conheci assim...